Vereadores visitam a estrutura desativada da antiga Escola Rural Produtiva de Alta Floresta
A globalização e a tecnologia são realidades essenciais na vida do homem do campo e fatores importantes que fazem toda a diferença na produção. A distância dos grandes centros, para os agricultores, principalmente da agricultura familiar, dificulta o acesso a novos conhecimentos que possam ajudar a melhorar as técnicas de plantio, colheita e manejo. Ter uma escola agrícola seria um instrumento de desenvolvimento regional e fixação do homem no campo.
A Escola Rural Produtiva de Alta Floresta (ERPAF), criada em 1988 através da Lei nº 191/88, exerceu papel extremamente importante na educação do município, principalmente na formação de excelentes profissionais e no desenvolvimento de tecnologias que contribuíram para a fixação do homem no campo e no fortalecimento de atividades agrícolas.
Referência para Mato Grosso, a ERPAF foi construída em uma área de 21 hectares, na comunidade Outro Verde, recebendo instalações composta por laboratórios, salas de aulas, cantinas, refeitório, armazenamentos de grãos, dormitórios masculino e feminino, marcenaria, áreas de avicultura, piscicultura e suinicultura, almoxarifado, além de casas para os funcionários.
Em 1993 a lei municipal nº 490/93 elevou o nível da Escola Rural Produtiva, de 1º para o 2º grau, habilitando, assim, também a formação de alunos no Ensino Médio.
Hoje, 21 anos após o encerramento das atividades, ocorrido em 1999, a estrutura da antiga escola agrícola encontra-se abandonada, tomada pelo matagal, servindo de alojamento de cupins e morcegos.
Na tarde de quarta-feira (24) a vereadora Francisca Ilmarli Teixeira (PT), a vereadora Leonice Klaus dos Santos (PDT) e o vereador Reginaldo Luiz da Silva (Republicanos) visitaram a antiga ERPAF e lamentaram o estado de abandono da estrutura.
A vereadora Ilmarli Teixeira contou que visitou a escola agrícola quando a unidade estava em pleno funcionamento, e lamentou que a história de uma escola que foi referência educacional para alunos, pais e profissionais, esteja se perdendo em meio ao mato e ao abandono. "Observar a escola em meio ao mato, uma estrutura significativa, abandonada e sem nenhum projeto para o espaço de fato nos traz, enquanto vereadores do município, uma necessidade de se buscar qual projeto seria viável. O executivo poderia, dentro das suas possibilidades, do seu planejamento, verificar se é viável planejar uma reestruturação, uma reorganização daquele espaço, não necessariamente uma escola, mas um outro espaço que pudesse atender a população. Não é nada fácil verificar uma estrutura daquela abandonada em meio ao mato, é uma história que se construiu com êxito e que hoje perde a sua essência”, lamentou.
A vereadora Leonice Klaus destacou a importância da escola agrícola na formação de muitos profissionais. "Tive o prazer de conhecer muitos jovens, inclusive da minha família, que se formaram naquela escola, e a gente ver aquela escola daquela forma é muito triste. Vamos sentar com o prefeito para ver o que dá para ser feito para não deixar uma situação triste daquela", disse a Vereadora.
O vereador Naldo da Pista também expressou sua preocupação. “Com muita tristeza podemos observar que a escola agrícola se encontra abandonada, uma estrutura daquele tamanho criando mato e bicho, sendo que poderia estar sendo usada para formar profissionais, cidadãos de bem, educar nossos jovens, realmente é lamentável”, relatou.
LINDOMAR LEAL
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal