Vereadores de Alta Floresta participam de audiência pública em Carlinda sobre a praça de pedágio
A construção da praça de pedágio na rodovia MT-208 entre os municípios de Alta Floresta e Carlinda continua rendendo dissabores para a população de ambos os municípios. Na noite de terça-feira (08.10), os vereadores Emerson Machado (MDB), presidente da Câmara Municipal de Alta Floresta, Marcos Menin (DEM), Dida Pires (Cidadania), Cidão Boa Nova (MDB), Mequiel Zacarias Ferreira (PT), Lau (PSD), e as vereadoras Cida Sicuto (PSDB) e Elisa Gomes Machado (PDT), participaram de uma audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Carlinda.
A consulta pública convocada pelos vereadores carlindenses Paulo Prado (DEM) e Luis Antônio (PT) teve como propósito discutir o preço da tarifa estabelecido pela concessão em R$ 7,90 e a localização do pedágio.
Além dos vereadores, de lideranças locais, representantes dos taxistas, dos produtores rurais e da sociedade organizada, a audiência pública também contou com a participação da prefeita Carmelinda Leal Martines Coelho. A gestora declarou apoio a demanda da população, criticou o governo anterior pela forma com que conduziu o processo de concessão e explicou que será difícil conseguir reduzir o preço da tarifa, tão pouco mudar a praça de lugar. A prefeita também cobrou apoio dos deputados.
O defensor público da Comarca de Alta Floresta, Thiago Almeida Morato, explicou que é possível, via judicial, defender algumas demandas que estejam afetando diretamente a população. Ele citou como exemplo a falta de vias alternativas na MT-208 na divisa dos municípios, e mencionou a possibilidade de brigar por uma isenção.
Como representante do setor produtivo, Lucinei Buch Medici, presidente do Sindicato Rural de Carlinda, criticou o valor da tarifa de R$ 7,90 e disse que irá pedir para a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso) intervir junto aos deputados para que defendam as demandas apresentadas pelo município.
Os vereadores de Alta Floresta também suaram a palavra. Dida Pires, Cida Sicuto e Cidão Boa Nova defenderam uma ação judicial. Já Marcos Menin sugeriu primeiro tentar resolver o impasse diretamente com o governador Mauro Mendes. O vereador Lau criticou a postura dos deputados e do governo quando estiveram em Alta Floresta no mês passado por não terem dado a importância necessária para o assunto, e defendeu o bloqueio direto da obra.
A diretora da Escola Estadual Mundo Novo, Darlene Cristina Goncalves dos Santos Delarincy, explicou que a escola poderá ficar sem profissionais porque a maioria dos professores residem em Alta Floresta e se tiverem que pagar pedágio todos os dias ficará inviável para eles.
O presidente da Câmara de Alta Floresta criticou o Consórcio Via Brasil por não cumprir a decisão da audiência pública realizada em 2017 em que aprovou a construção da praça de pedágio a 23 quilômetros de Alta Floresta. O pedágio está sendo instalado a 12 quilômetros de Alta Floresta. “Não vamos aceitar onde está, não vamos abaixar a cabeça porque não foi isso que foi acordado, se for preciso vamos com caminhões, tratores, porque se não for de um jeito será de outro”, disse Emerson Machado ao cobrar mais apoio dos deputados.
LINDOMAR LEAL
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal
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