Vereadora Ilmarli defende que projeto de preservação da biodiversidade seja inserido nas escolas municipais

Vereadora Ilmarli defende que projeto de preservação da biodiversidade seja inserido nas escolas municipais

Foto por: Lindomar Leal / Assessoria de Imprensa

A vereadora Ilmarli Teixeira apoia um importante projeto do Campus de Alta Floresta da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) voltado para a preservação da biodiversidade. O projeto teve início no mês de agosto com a missão de levar para a população local informações principalmente sobre animais silvestres, em especial as serpentes, através de atividades nas escolas e oficinas abertas para a participação da população em locais públicos.

Ilmarli explica que o projeto é coordenado pelo professor Mahal Massavi Evangelista, graduado em Ciências Biológicas pela UNEMAT e mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso, com a participação do professor Dr. Mendelson Guerreiro de Lima, coordenador do Laboratório de Zoologia da UNEMAT Alta floresta.

O projeto tem como eixos: Ciência Aqui, Ciência Acolá; Olhares para a biodiversidade e Quem tem medo de serpentes caminhos possíveis para a conservação, e é voltado para os estudantes dos anos iniciais das escolas da rede municipal.

Para a vereadora Ilmarli é preciso ampliar a discussão para que este projeto chegue às unidades escolares aonde de fato estão os verdadeiros atores, que são as crianças.

“Temos o compromisso e a responsabilidade através da educação e das políticas públicas do município e do meio ambiente de construir ações que de fato venham trazer para a sociedade a sensibilização da preservação da biodiversidade. Então, precisamos que a secretaria municipal de educação abrace este projeto e que ele possa ir de encontro aos nossos alunos como fonte de conhecimento e de capacidade de mudança, inclusive de comportamento e de atitude, porque é um projeto fundamental”, ressaltou a Vereadora.

Professor Mahal Evangelista explicou que o propósito do projeto é levar para as salas de aula atividades de educação ambiental que possam contribuir para a formação de sujeitos para a conservação da biodiversidade.

A ação principal do projeto é o cuidado com serpentes capturadas pelo Corpo de Bombeiros no perímetro urbano. Os animais permanecem por alguns dias no Laboratório de Zoologia da UNEMAT onde são submetidos a análise de saúde, ferimentos e são apresentados em aulas e oficinas de educação ambiental, e posteriormente soltos na natureza. O projeto já identificou mais de 30 espécies de serpentes somente no perímetro urbano de Alta Floresta.

"Para as crianças é fundamental porque tem o primeiro olhar e toda a nossa conduta, o que nós somos como adulto é formado na infância, então, se uma criança tem contato com esse animal e entende que esse animal não é perigoso no futuro dessa criança esses animais terão espaço, terão conservação", frisou o professor ao ressaltar que nos últimos meses, no geral, foram capturadas somente no perímetro urbano de Alta Floresta mais de 60 serpentes de várias espécies, somente jiboia foram mais de 30 serpentes.

Mahal expressou também a intenção de levar o projeto para a Praça do Avião para que mais pessoas tenham acesso ás informações com atividades e oficinas de educação ambiental voltadas para a preservação da biodiversidade.

Soltura branda

Na tarde de terça-feira (27.09) a vereadora Ilmarli Teixeira acompanhou a soltura de um casal de jiboias no Parque Zoobotânico e destacou a importância deste trabalho. “É importante que o Poder Legislativo acompanhe esse tipo de projeto que visa devolver os animais ao seu habitat, porque é devolver o que de fato é da natureza e pra mim, como bióloga, é uma satisfação acompanhar esse trabalho na soltura desses animais", disse.

Professor Mahal Evangelista explica que todos os animais entregues pelo Corpo de Bombeiros ao projeto foram capturados no perímetro urbano e por estarem inseridos dentro de um ambiente modificado pelo homem muitos carregam algumas zoonoses e se forem soltos em outros habitats distantes da cidade, como a rural por exemplo, podem transmitir essas doenças para outras populações. Por este motivo a soltura das serpentes acontece em remanescentes naturais em torno do perímetro urbano, a chamada soltura branda.

O projeto foi motivado pela falta de conhecimento das pessoas sobre os animais silvestres, condição que segundo o professor contribuiu para a morte desses animais e o extermínio de áreas naturais.

"São estratégias como esta que vão formar sujeitos para a conservação da biodiversidade local. Então, levar estas informações para a comunidade é fundamental e tem que chegar até as escolas de ensino fundamental”, disse.

Voluntária no projeto, a acadêmica de biologia Maelle Lima de Freitas, representante dos acadêmicos, destacou a experiência do aprendizado e a missão de levar as informações até a população.

"Está sendo muito incrível trabalhar com essa parte de ecologia, que muitas vezes na academia a gente não tem esse contato, é muito bom estar participando integralmente desse projeto com o professor Mahal. Tem a missão de levar informação do projeto para as pessoas. A gente consegue perceber enquanto estamos apresentando o projeto que muitas pessoas não têm conhecimento sobre as espécies da biodiversidade local principalmente sobre as serpentes e desmistificar isso fazendo com que eles entendam, que eles conheçam, que eles preservem essa biodiversidade é fundamental", frisou.

LINDOMAR LEAL
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal