Junho Vermelho: quem toma vacina contra Covid-19 deve esperar quanto tempo para doar sangue?
Fora os requisitos já estabelecidos, quem vai doar sangue agora precisa estar atento para o tempo de intervalo após tomar a vacina contra o coronavírus. Segundo a Anvisa, em nota técnica divulgada em fevereiro deste ano, devem ser considerados períodos diferentes de intervalo de acordo com o tipo de vacina aplicada. Em vacinas baseadas em vírus SARS-CoV-2 inativado ou fragmento proteico – como a Coronavac – o tempo previsto de inaptidão é de 48 horas. Já os imunizantes que utilizam tecnologias de produção com vetores virais recombinantes não replicantes, como a AstraZeneca, e os que usam tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), como é o caso da Pfizer, recomenda-se a inaptidão de doadores de sangue por período de 7 (sete) dias após a aplicação da vacina.
Conforme a agência, o prazo de inaptidão temporária para doação de sangue de quatro semanas, também citado no documento, refere-se àquelas vacinas que se utilizam em sua formulação final de microrganismos vivos ou atenuados. Até o momento, não se tem vacinas aprovadas para uso no Brasil e nem em desenvolvimento (pesquisa) contra o vírus Sars-Cov-2 que utilize este tipo de produção vacinal.
Considerando outras doenças, como a gripe, o período de impedimento para doação é de 48 horas, segundo orientação da Fundação Pró-Sangue.
Profissionais da saúde explicam também que o período de inaptidão é necessário porque o micro-organismo da imunização, ainda que na forma atenuada, circula por um tempo determinado no sangue do doador e em caso de pacientes imunossuprimidos recebendo doações, há um risco de desenvolvimento da doença para qual a vacina foi tomada.
Doadores que tiveram Covid-19
Para quem contraiu a Covid-19, a regra para doar é respeitar um período mínimo de 30 dias após a melhora completa dos sintomas. O mesmo vale para gripes, resfriados ou quaisquer sintomas de ambos.
Doações seguras
Os hemocentros já são locais higienizados e supervisionados, mas durante a pandemia os cuidados foram redobrados para garantir que não haja risco contágio nos momentos de doação. Medidas como uso obrigatório de máscara, medição de temperatura, distanciamento das poltronas e macas de doação, além de agendamento, também foram adotadas. (Com informações Câmara de São Paulo)