Câmara de Alta Floresta implanta, em seu site, ferramenta que traduz textos para libras
Garantir a transparência e o direito de acesso à informação para toda população é uma das diretrizes da atual gestão da Câmara Municipal de Alta Floresta. Com esse intuito, a Casa de Leis inova mais uma vez com a implantação, em seu site oficial, de uma ferramenta que traduz os textos para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Desde segunda-feira (29.08), todas as matérias do site da Câmara Municipal são traduzidas rapidamente para a língua de sinais. A ferramenta funciona 24 horas, os sete dias da semana.
Resultado de uma parceria entre o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Suíte VLibras consiste em um conjunto de ferramentas computacionais de código aberto, responsável por traduzir conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), tornando computadores, dispositivos móveis e plataformas Web acessíveis para pessoas surdas.
Para utilizar a ferramenta basta clicar em cima do ícone “Acessível em Libras”, no lado direito da tela. Ao selecionar o texto da página desejada, automaticamente o simpático intérprete virtual traduz o conteúdo para libras. Além da linguagem específica para pessoas surdas, é possível também ler as palavras traduzidas. Você pode desabilitar esta opção. É possível utilizar essas ferramentas tanto no computador Desktop quanto em smartphones e tablets. A ferramenta foi implantada no site da Câmara Municipal pelo setor de informática.
Duas Leis Municipais versam sobre a língua de sinais em Alta Floresta. A Lei nº 1.828/2010, insere a Libras em todos os eventos oficiais do município. Já a Lei nº 2.470/2018, de autoria do presidente Emerson Machado (MDB), institui e inclui no calendário oficial de datas e eventos do município a Semana Municipal de Conscientização e Divulgação da Língua Brasileira de Sinais.
Libras
O sistema de tradução em libras surgiu da necessidade dos portadores de necessidades especiais auditivas se comunicarem e serem compreendidos pela sociedade. No Brasil a estruturação de uma linguagem própria teve início ainda no Império, no ano de 1857, com a implantação do Imperial Instituto de Surdos Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Em 2002 foi promulgada uma nova legislação que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como forma de comunicação dos portadores de necessidades especiais auditivos.
A Libras é a segunda língua oficial do Brasil e a mais usada pelos deficientes auditivos no país. No Brasil, ¼ da população possui algum tipo de deficiência. Destes, 5% possuem algum tipo de deficiência auditiva e, entre eles, 70% não sabem a Língua Portuguesa, tendo apenas a Libras como fonte de informação.
LINDOMAR LEAL
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal